terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Filho mais velho - Rafael Rueda Muhlmann

Novamente, eu, Rafael Rueda Muhlmann, pai de três meninos maravilhosos, volto a postar sobre os filhos. Desta vez para tratar sobre o filho mais velho.

Rafael Rueda Muhlmann fala sobre Filho mais velho
Rafael Rueda Muhlmann com o filho mais velho (Gabriel)


Vamos refletir sobre a importância de entender a condição de seu filho como o mais velho.

Costumo dizer que o filho mais velho tem duas vantagens que os outros jamais terão:

1. A de ser filho único até que nasça o próximo.

2. E a de ser promovido para irmão mais velho. E será assim independente do número de filhos que tenha a família.

O “título” máximo que os irmãos conseguirão será de segundo, terceiro filho e assim por diante, irmão ou filho do meio, irmão ou filho mais novo etc. Mas filho ou irmão mais velho é privilégio de um só, o primogênito.

Nas famílias com mais de um filho o primeiro fará dois papéis em sua jornada. E claro, isso também trará responsabilidades que devemos ajudá-los a cumprir.

Neste momento, eu, Rafael Rueda Muhlmann, estou com 40 anos e meu filho mais velho, Gabriel, com 15. Incrível o tamanho do amor que temos por nossos filhos e o quanto nos realizamos vendo a realização deles. Fico muito feliz com a maturidade do Gabriel para a idade que tem e pela forma como ele vê a vida. Tenho orgulho da pessoa de bem e do homem que ele está se tornando.

Filho e Pai
Filho e pai: Gabriel e Rafael


Em que afeta ser o filho mais velho?

É relevante dizer que por esta peculiaridade de primeiro filho, algumas situações irão ocorrer, podendo ser positivas ou não, e os pais devem estar atentos para lidar com sabedoria.

Os pais com mais de um filho devem ter consciência de que precisam criar “procedimentos”, ou seja, hábitos e culturas familiares que contemplem e beneficie as necessidades de cada filho.

Ser o filho ou irmão mais velho pode ser muito prazeroso ou um grande fardo, tudo dependerá das atitudes dos pais. Como por exemplo: evitar sobrecarregar de responsabilidades o mais velho colocando sobre seus ombros o compromisso de educar, cuidar dos irmãos menores ou dos afazeres da casa.

O ideal é fazê-lo sentir-se corresponsável pelos irmãos mais jovens e pelos cuidados que sejam necessários. Fazê-lo atuar com a importância e privilégio de ser o mais velho, assim o comprometimento será natural, com amor e paciência.

O irmão mais velho é modelo do mais novo.

Filho mais velho sempre terá uma posição diferente dos outros, certa responsabilidade de cuidar e ajudar os mais novos e os pais, mas o cuidado que se deve ter é para que não seja prejudicial ao seu desenvolvimento. É natural que os irmãos mais novos sempre estejam se espelhando e atrás do mais velho.

O que deve ser feito pelos pais é ajudá-lo a entender que isso é positivo e perfeitamente natural, de modo que ele possa entender que sua condição de filho ou de irmão mais velho é uma honra para poucos.

Por Rafael Rueda Muhlmann.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Um pai deve estar sempre pronto para ajudar os seus filhos


Eu sou Rafael Rueda Muhlmann e posso dizer que ao contrário do que muitas vezes pensamos, ajudar seus filhos não é necessariamente fazer todas as suas vontades.

Rafael Rueda Muhlmann pronto para ajudar os seus filhos
Rafael Rueda Muhlmann com os filhos Leopoldo e João - 2016

Os pais têm uma tarefa muito importante: a tarefa de ajudar seus filhos. É algo que provavelmente não pensamos na hora de encomendá-los. Não temos ideia da grande quantidade de trabalho que vem pela frente.

Filhos de Rafael Rueda Muhlmann
Meus filhos: Leopoldo, Gabriel e João - 2016

Não é só cuidá-los, alimentá-los, satisfazê-los… Como pais, temos que estar sempre prontos para apoiá-los, fazer deles pessoas que saibam lidar com um mundo tão duro como o que vivemos agora. Um mundo que lhes apresentará dificuldades, um mundo competitivo, que derruba enquanto eles lutam para se reerguer.


Rafael Rueda Muhlmann com o filho mais velho
Rafael Rueda Muhlmann e Gabriel Meyer Muhlmann - 2016

No entanto, mesmo que seja difícil reconhecer, na hora de educar os filhos fazemos uma infinidade de coisas que não são corretas, ainda que tenhamos a melhor das intenções. Vamos descobri-las!

Como pais, é preciso estar disponível

A nossa principal missão, como pais, é estar disponível para os nossos filhos de forma incondicional, com um amor que supera absolutamente tudo.

Coloque-se no lugar do seu filho, porque você em algum momento também foi filho e esteve ocupando o seu lugar. Como foi a sua infância? Você teve pais legais? Faltou alguma coisa para você? Não cometa os mesmos erros que provocaram em você algum tipo de carência ou de revolta. É hora de você saber qual o seu propósito como pai:

  • Os pais devem dar aos filhos permissão para viver: porque muitas crianças nascem em famílias cujos pais se enganam ou onde reina a violência. O seu filho deve saber que tem o direito de ter, de viver e de poder.
  • Os pais devem transmitir ideais aos seus filhos: é preciso inspirá-los para que quando cheguem à juventude saibam o que esperar, para onde ir, e quem são. Fomente isto com frases como “sei que você vai conseguir coisas grandes”, “espero coisas grandes da sua parte”.
  • Os pais devem transmitir vida a seus filhos: porque às vezes os pressionamos com um montão de atividades extracurriculares, mas eles precisam desfrutar, precisam viver!
  • Os pais devem proporcionar amor incondicional a seus filhos: um amor que não se pode comparar com qualquer outro, um amor que supera qualquer barreira física, qualquer barreira mental. Façam o que fizerem, o seu amor por eles não deveria mudar.

LEMBRE-SE:

"O que as crianças receberem é o que darão à sociedade." - Karl A. Menninger

Agora que você já sabe qual o seu propósito como pai, é hora de colocar em prática tudo o que você aprendeu, mas há uma coisa ainda mais importante que você precisa saber, algo em que falhamos constantemente…

Deixemos de potencializar o negativismo

É muito difícil perceber isso como pais, por isso vamos nos colocar na perspectiva de quando éramos crianças. Você se lembra da quantidade de punições que recebia?

Durante a nossa infância, sofremos castigos e recebemos broncas constantemente. Muitas vezes estas vinham em resposta aos nossos comportamentos infantis. Mas… não éramos, justamente, crianças? E então quando poderíamos nos comportar como tais? Quando fôssemos maiores?

Sempre, desde pequenos, nos transmitem a ideia de sermos mais velhos. Não nos deixaram desfrutar o momento de ser criança! Sempre é preciso se comportar direito, aprender a ser grande. Mas… será que esse é o melhor caminho?

Acreditamos que, com estas orientações, estamos fazendo um bem, quando na verdade é um mal. Em vez de motivar, desmotivamos, fazemos com que nossos filhos se sintam mal. Mal com eles mesmos e conosco por não saberem se comportar como deveriam.

Um filho é a maior responsabilidade que uma pessoa pode assumir.

São crianças, crianças! Estão aprendendo, e aliás, nós continuamos aprendendo, tendo 20, 30, 40 anos, etc. O que podemos esperar deles?

Dê a eles permissão para viver, para se comportar como crianças, dê-lhes permissão para se enganar porque você também se engana e comete erros. Mas, acima de tudo, deixe de focar tudo o que fizerem de errado e comece a ressaltar aquilo que fazem bem.

Por exemplo, em vez de apontar que não recolheram direito os seus materiais ou que pintaram a mesa, simplesmente oriente-os para que da próxima vez usem uma toalha de mesa ou qualquer coisa que sirva para proteger os móveis.

Eles não sabem o que poderia acontecer e, mesmo que você explique, provavelmente irão esquecer! Não foque o negativo, reoriente-os para um ensinamento positivo.

"A tarefa de um pai é motivar, encorajar para que seus filhos descubram o seu próprio caminho, porque quando o descobrirem não irão se afastar dele".

Que erros você cometeu com seus filhos? O mais importante e o que você precisa ter em mente é que sempre precisa estar aí para ele, além de fomentar o positivismo e deixar de reincidir no negativo. 

Nunca estaremos 100% preparados, mas agora você se sente pronto para ser um bom pai?

Por Rafael Rueda Muhlmann

domingo, 23 de outubro de 2016

Rafael Rueda Muhlmann: Filhos não são cópias dos pais

Apesar do convívio, de semelhanças e de coincidências, filhos são indivíduos com personalidade própria.

Rafael Rueda Muhlmann e seus filhos
Leopoldo Meyer Muhlmann, o mais novo, assim como meus outros dois filhos, possui personalidade própria, mas quando lhe parece oportuno imita alguns hábitos que observa em mim e em seus irmãos mais velhos - por Rafael Rueda Muhlmann (foto 2016)

Pesquisa mostra como o comportamento e a conduta dos pais interferem no estilo de vida dos adolescentes, mas é importante saber que filhos não são cópias dos pais.

Compreendo que o exemplo dos pais possa ser incorporado pelos filhos e que muitas atitudes dos filhos já na fase adulta possam ser reflexo da educação e dos exemplos que receberam dos seus pais, mas... 

... vale saber que nossos filhos são – e ao mesmo tempo não são – extensões de nós mesmos. Eles são, no sentido de que herdam nossas características físicas e psicológicas; e não o são, no sentido de que o todo não é igual à soma das partes, o que faz com que cada indivíduo seja uma combinação única que deve ser honrada e respeitada.

Infelizmente, esta distinção nem sempre está tão clara, e alguns pais veem seus filhos como um espelho no qual querem se ver refletidos de forma idêntica. O resultado? Frustração em ambos os lados.

Observe-o e escute-o

O ideal é começar desde o nascimento do bebê, devemos vê-lo como um ser único, com identidade própria, digno de ser aceito incondicionalmente. Usando isso como um marco, é muito importante observar quais são as suas inclinações naturais.

Ele gosta de desenhar? Exponha-o a experiências que estimulem este talento, como comprar livros e materiais de desenho, levá-lo a exposições de arte adequadas à sua idade, inscrevê-lo em aulas ou oficinas de desenho …

Também é importante dialogar com os seus filhos a fim de ajudá-los a descobrir quais são as melhores formas de canalizar seus talentos e interesses. Por fim, reconhecer e elogiar as suas habilidades e realizações é um estímulo valioso para fazer florescer e frutificar seus preciosos dons naturais.

Sonhos não realizados

Desde cedo temos de estar atentos para não projetar nossos próprios desejos não realizados nos filhos. Por exemplo, há pais que talvez tenham o sonho frustrado de ser artistas famosos, e querem realizá-lo através de seus filhos. Então eles os submetem a uma dura rotina de aulas de atuação, de música, de dança, audições e outros, que não correspondem aos interesses, habilidades nem vocação de seus filhos.

No entanto, não se pode mudar de forma permanente o curso da natureza, sem que essa cedo ou tarde se rebele. Esta rebeldia pode assumir muitas formas, desde transtornos de ansiedade, de conduta ou baixo rendimento escolar, até abuso de drogas, depressão e suicídio, nos casos mais graves.

E a verdade é que não há necessidade de tanto sofrimento… apenas deixe-o ser o que ele quiser ser, ainda que não seja o que você sonhou para você. Melhor, procure canalizar seus próprios sonhos; a história está cheia de pessoas que realizam seus sonhos e metas em qualquer idade.

As odiáveis comparações

“Ele tem o mesmo temperamento rabugento de seu avô” ou “É idêntico a mim, não tem habilidade para os números” são exemplos de expressões comuns, capazes de limitar as expectativas que as crianças têm de si próprias. E embora haja semelhanças dentro da família, vale a pena esforçar-se para destacar o que torna cada filho único e irrepetível. Desta forma estaremos estimulando o livre desenvolvimento de todo o seu potencial sem desnecessariamente constrangê-lo com modelos alheios.

Embora seja um tanto clichê, também é verdade que os filhos não nos pertencem, são apenas um privilégio que nos é concedido para guiá-los temporariamente, para que cumpram sua missão única neste mundo. Por isso, como uma pequena caixa de surpresas, deixemos que exercitem seus talentos únicos um a um, confiando neles e permitindo-lhes criar o seu próprio caminho…

FILHOS por Rafael Rueda Muhlmann.

Nosso filhos são como Navios - Rafael Rueda Muhlmann

Meu nome é Rafael Rueda Muhlmann, pai do Gabriel, do João e do Leopoldo. 

Rafael Rueda Muhlmann e filhos
Rafael Rueda Muhlmann e os filhos: Gabriel, João e Leopoldo (foto 2016)

Quando li o texto abaixo pela primeira vez, me identifiquei com a realidade de ter meus amados filhos, singrando os mares como os navios, a ganhar novos horizontes e enriquecendo-se com suas lindas experiências de vida:

Ao olhar um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por amarras ou por uma forte âncora.

Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.



Dependendo do que a natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.

Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas. E haverá muita gente no porto feliz à sua espera.

Assim são os FILHOS. Estes tem nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.

Por mais segurança, sentimentos de preservação e manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os  mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.

Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:

A CAPACIDADE DE SER FELIZ.

Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.

O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.



Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar  mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.

Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:

  • HUMILDADE
  • HUMANIDADE
  • HONESTIDADE
  • DISCIPLINA
  • GRATIDÃO
  • GENEROSIDADE.


Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.

A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL PRA BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.

Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar nos que os pais conquistaram. Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.

Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:

QUEM AMA EDUCA! MAS...



“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS!”